Por: Daniela Mazzei
A família do advogado Ricardo Andrade Melo, de 37 anos, desaparecido há exatos quatro meses, oferece R$ 20 mil como recompensa para quem passar informações sobre a localização de Paulo Roberto Gomez Guimarães Filho, o "Paulinho Mega", também de 37 anos, principal suspeito do sequestro.
"Nas investigações, nós não descartamos a hipótese de que Ricardo possa estar morto, até porque Paulinho Mega já matou duas pessoas, uma em 1999 e outra em 2003, essa última sob as mesmas circunstâncias em que capturou Ricardo", afirmou o chefe da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, delegado Cleandro Pimenta.
De acordo com Pimenta, o sequestrador fez três contatos com a família da vítima, através de uma ligação de celular e duas mensagens de texto (SMS), com o pedido de R$ 300 mil para o resgate, além de ameaças. "Nós não temos novas pistas e nem notícias do paradeiro deles desde quando deixaram de fazer novos contatos", disse.
Paulinho Mega responde a processos por dois homicídios e por tráfico de drogas internacional, em 2010. Ele cumpria prisão domiciliar no Mato Grosso por conta do tráfico, quando a família pediu sua transferência para Salvador, onde deveria continuar nesse regime penal. No entanto, Mega é considerado foragido da polícia, pois em abril desse ano foi condenado a cumprir a pena de 22 anos de prisão por conta do assassinato de um administrador de empresas em 2003.
Sumiço
Paulinho Mega e o pai moravam de aluguel em um apartamento no primeiro andar de um prédio no Corredor da Vitória e eram vizinhos de Ricardo Melo, que morava com a mãe, Miriam Andrade. Após terem se conhecido 10 dias antes do crime, no píer do prédio, Paulinho percebeu que Ricardo era apaixonado por automobilismo. O sequestro ocorreu no aniversário de Ricardo, no dia 29 de abril, quando o advogado foi com Mega em uma concessionária, para buscar o novo carro do sequestrador, um Maserati.
Eles foram vistos juntos pela última vez quando abasteciam o carro em um posto de combustíveis no bairro da Graça. O pai de Mega também está sendo investigado, pois ninguém sabe o seu paradeiro.
No dia seguinte, 30 de abril, o sequestrador fez o primeiro contato com a família da vítima, quando pediu o dinheiro do resgate e informou o número da conta para o depósito. A família, no entanto, não acatou a ordem do sequestrador e procurou a polícia.
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