Por: Daniela Mazzei
A rede de lojas da concessionária Indiana Veículos na Bahia pode pagar uma multa de até R$ 6 milhões devido a um erro na divulgação do valor de um carro divulgado pela metade do preço no jornal Correio nesta quinta-feira, 4. O Ecosport 2015, versão SE 1.6, avaliado em R$ 62.990, foi anunciado por R$ 31.990 à vista ou com entrada de 15.995 mais 24 prestações de R$ 697,86 sem juros.
Consumidores foram comprar o veículo da promoção 'Setembro Imperdível Indiana', quando receberam a informação de que só havia cinco unidades para a promoção e todas tinham sido vendidas. "Estou aqui na loja desde cedo e me disseram que só eram cinco unidades e que já tinham acabado", disse o universitário Caio Vinícius. "Se isso não se resolver, vou tomar as providências jurídicas".
"Eu vim por causa do anúncio e, quando cheguei aqui, não tinha mais vendedor para me atender, além de terem desligado os aparelhos de ar-condicionado, mostrando uma verdadeira falta de respeito", afirmou o microempresário Lucas da Rocha, 29 anos.
A empresa informou por meio de nota que houve um erro na indicação do preço dos cinco únicos veículos EcoSport durante a produção do anúncio publicitário, aprovado pela Indiana.
Ao receber denúncias dos consumidores, uma equipe da Superintendência de Proteção do Consumidor (Procon-BA) foi enviada ao local para verificar o problema. De acordo com o superintendente do órgão, Ricardo Maurício Freire Soares, mesmo que tenha a ressalva nos cartazes publicitários de que só estavam disponíveis cinco veiculos, os consumidores têm seus direitos garantidos pelo fato de a mensagem ter sido redigida em uma linguagem que não é transparente. "Nós estamos verificando indícios de publicidade enganosa, já que o fornecedor é obrigado a vender o produto pelo preço que está constando na mensagem publicitária, ainda que faça ressalvas em letras miúdas no rodapé dos cartazes de publicidade", afirmou o superintendente.
Ainda segundo o superintendente, a Indiana será notificada para enviar as cinco últimas notas fiscais dos modelos vendidos pela promoção, bem como os dados dos compradores. Caso as informações sejam inconsistentes, o Procon vai entrar com um processo coletivo que pode resultar na aplicação de uma multa entre R$ 400 e R$ 6 milhões, a depender da gravidade da infração, do poder econômico da empresa e do número de envolvidos.
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