Por: Daniela Mazzei
Os segurados do Bradesco Saúde, que estão sem atendimento desde o dia 25 de junho, continuam sem uma perspectiva de quando o plano voltará a ser aceito normalmente nas unidades médicas do estado. Em audiência realizada na Justiça do Trabalho na manhã desta sexta-feira, 19, os médicos baianos não entraram em acordo com o Bradesco e uma nova audiência já foi marcada para o dia 5 de novembro.
De acordo com o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), o plano de saúde apresentou uma proposta de reajuste de 40% somente para procedimentos cardiológicos, mas a categoria médica não aceitou, já que esta exige o reajuste para todas as especialidades. No entanto, a assessoria do Bradesco nega que tenha ocorrido a proposta do reajuste exclusivamente à sociedade baiana de Cardiologia na mesa da audiência realizada nesta sexta-feira, 19.
Apesar de o caso ser restrito à Bahia, a negociação tem importância nacional. "Esta audiência é histórica", afirmou o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães. "O Brasil todo está esperando um resultado positivo, por isso, não se pode mais protelar o acordo", ressaltou Francisco.
A mediação foi feita pela juíza Lita Braid juntamente com o promotor de Justiça do Ministério Público do Trabalho, Pedro Lino, que sugeriu uma nova tentativa de acordo na mesa de conciliação do Ministério Público do Trabalho (MPT). A sugestão foi aceita pelo Sindimed, porém, os advogados do Bradesco disseram que vão consultar a empresa com o envio da proposta.
A juíza concedeu um prazo de dez dias para que o plano responda se aceita ou não participar da conciliação no MPT.
A diretora do Sindimed e presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos, Débora Angeli, lamenta sobre o impasse. "Nós como médicos estamos mobilizados com a situação dos nossos pacientes, mas o movimento tem sido longo por conta da intransigência do Bradesco Saúde", afirma.
Também estiveram presentes à audiência o presidente e o secretário de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Ferreira e Márcio Bichara, além do presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremeb), Abelardo Menezes, e o diretor da Associação Baiana de Medicina (ABM), Cesar Amorim.
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