sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Que seja saudável, então

Juana Castro


Você já se imaginou cortando carboidrato, comendo apenas abacaxi, ou tomando chá para perder alguns quilos? Não se surpreenda se a resposta for sim, pois você não é o único que já pensou, ou já realizou as 'dietas malucas'.

A busca pelo 'corpo perfeito', magro, tão divulgado pela mídia e pela indústria da beleza, leva muitas pessoas às dietas exageradamente restritivas, como a das cores, feita pela jornalista Kajla Dias, de São Paulo. 

Primeiro, ela só comia alimentos da cor verde. Como não emagreceu, tentou a cor vermelha, também sem sucesso. Decepcionada, mudou a mente, e não o cardápio. “Resolvi aceitar o meu corpo gordinho”, disse, em entrevista ao programa Bem Estar, da Globo.

Antes fosse só a frustração o único problema desse tipo de restrição alimentar. Embora algumas das dietas 'da moda' funcionem para emagrecer, elas também podem trazer prejuízos à saúde. 

Na mesma atração global, a empresária mineira Giane Prata contou que perdeu 18 quilos com dietas a base de isotônicos, frutas e iogurte com zero caloria, mas recuperou todo o peso perdido pouco tempo depois. Mais tarde, ao fazer exames, descobriu que a prática resultou uma pedra na vesícula, devido à perda e ao ganho de peso igualmente rápidos.

Após o susto, ela procura ter uma vida mais equilibrada. “A gente não pode ter pressa. Eu sei que vou demorar a perder peso, mas vai ser com saúde”, refletiu.

A nutricionista Laura Bicelli
Para a nutricionista baiana Laura Bicelli, formada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), quem deseja emagrecer de forma saudável precisa, primeiro, procurar um profissional da área, e tentar se alimentar seis vezes ao dia, em proporções pequenas, para se manter sempre nutrido, além de praticar exercícios físicos regularmente. Ressaltou, no entanto, que os alimentos devem ser variados.

“Os pratos devem ser coloridos, pois cada cor significa um nutriente diferente. Os alaranjados e avermelhados, por exemplo, são bons para a pele e o cabelo, pois contém betacaroteno e vitamina A. Já os peixes de cor escura, como o atum e a sardinha, têm bastante ômega 3, que é ótimo para atividade anti-inflamatória, redução da pressão arterial, dos níveis de colesterol e cicatrização”, explicou.

Para os lanches entre as refeições principais, a nutricionista indicou uma mistura de oleaginosas, como castanha-do-pará (no máximo quatro por dia) com frutas secas, lembrando que a castanha é rica em selênio, elemento bom para a memória e que ajuda a proteger as células do sistema nervoso de doenças como Parkinson e Alzheimer.

“É um lanche nutritivo. Você come pouco e se sente saciado. Além disso, as oleaginosas contêm ácidos graxos que aumentam o HDL (colesterol ‘bom’) e diminuem o LDL (‘ruim’), reduzindo, desta forma, o risco de doenças cardiovasculares”, concluiu, e reforçou a ingestão de, no mínimo, dois litros de água por dia, essencial para todo o funcionamento do corpo humano.

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