Por: Daniela Mazzei
Membros do Fórum Independente dos Sócios, Amigos e Colaboradores do Hospital Espanhol (Fisache) se reúnem nesta quinta-feira, 25, no Auditório Galícia do Hospital Espanhol para discutir e propor soluções sobre a crise vivenciada pela instituição, que chegou a ser uma das principais referências entre os centros de saúde do Estado.
O Fisache tem a intenção de acompanhar a situação do hospital juntamente com a atual diretoria e o governo do Estado para dar esclarecimentos à sociedade espanhola e baiana. "Queremos a preservação dos direitos dos sócios e que a nova gestão mantenha os atuais funcionários", afirma o membro do Fisache, Manolo Muiños. "Como ficam os 4.470 sócios que contribuíram ao longo dos anos e confiaram na perenidade da instituição para ampará-los no momento mais frágil da vida do ser humano?", questiona Muiños.
Além dos sócios vitalícios e contribuintes, com gratuidade ou descontos em procedimentos, a instituição dispõe de uma área de beneficência que abriga membros da comunidade espanhola sem condições de pagar plano de saúde, tratamentos e procedimentos médicos. O hospital, que tinha 270 leitos, sendo 60 em UTI para adulto e 40 em UTI Neonatal, também contava com a verba enviada pelo governo espanhol para os cidadãos de origem espanhola seus atendimentos médicos garantidos, ainda que não fossem sócios.
"Desejamos contribuir para que o Hospital Espanhol supere este momento difícil e volte a prestar serviços de saúde à população", declara outro membro do Fisache, Alberto Lorenzo.
Entenda o caso:
A crise na unidade se agravou em 2013, quando uma série de paralisações dos funcionários chamou atenção para a situação. Diante disso, o hospital conseguiu um empréstimo de R$ 105 milhões com a Caixa Econômica Federal e a Desenbahia, mas os bancos exigiram a profissionalização da gestão.
Dessa maneira, a gestão foi assumida por um conselho composto por membros do governo do estado, comunidade espanhola e a Fundação José Silveira. Após quase um ano, a fundação deixou a gestão, o que culminou, em setembro deste ano, no encerramento das atividades no Hospital Espanhol.
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