Por: Ícaro Souza
Uma liminar da justiça de passo fundo (RS) proibiu a comercialização de andadores infantis em todo país. A decisão atende a uma ação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para aumentar a proteção de crianças contra acidentes que podem ser ocasionados pelo equipamento.
A auxiliar de serviços gerais Adriana Bastos, 39 anos, não curtiu a proibição. "Eu sempre via na televisão que esses aparelhos faziam mal para o desenvolvimento da criança, mas meu filho sempre utilizou e hoje em dia anda super bem", diz.
No entanto, segundo pediatras, o acompanhamento dos pais não é uma solução para os problemas nos aparelhos.
O pediatra Nadson Pereira sempre condenou o uso de andadores. "Sempre fui contra, pois além de atrapalha o desenvolvimento natural da criança, o equipamento faz com que ela perca a noção de espaço e tempo, pulando etapas importantes da vida", afirma.
A balconista Roberta Mendes, 33 anos, segue à risca tudo que o pediatra de seu recomenda. "Ele sempre me alertou dos riscos que meu pode correr usando esse equipamento. Por isso nunca quis passar por cima da palavra dele e procuro fazer tudo o que ele recomenda para que meu filho não possa ter nenhum tipo de problema no futuro".
Visão técnica
Segundo o pediatra, o andador pode retardar o desenvolvimento muscular da criança. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o aparelho ensina de maneira errada os primeiros passos do bebê. Além disso, o risco de quedas e traumatismos é grande, já que a criança ainda não tem coordenação motora para andar na velocidade que o andador atinge. Isso dificulta a atenção dos pais e faz com que os pequenos cheguem rapidamente a locais perigosos como escadas, piscinas e fontes de energia.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
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