quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Conferência Espetáculo com professor Guilherme Maia e Jam no MAM marcou abertura da 9ª edição do Interculte

Por: Isabela Sena 

Quem pensou que a 9ª edição do Encontro Interdisciplinar de Cultura, Tecnologias e Educação (Interculte) seria apenas mais um evento universitário, se surpreendeu com a abertura do evento que aconteceu no último dia 28 e contou com as participações do ilustre compositor, produtor cultural e professor doutor Guilherme Maia, que na ocasião falou sobre o tema “Entre acordes e estigmas, um olhar antropológico da musicalidade brasileira”. E da banda JAM no MAM.

A banda Jam no Mam deu início à sua participação na abertura da Conferência Espetáculo, apresentando  um show sensacional trazendo uma discussão complexa, mas bem humorada entre os músicos com grandes provocações sobre a musicalidade brasileira e estrangeira.

Dando prosseguimento ao evento, o professor Guilherme Maia fez várias provocações acerca do tema sobre o que é música brasileira e de que modo essa música brasileira nos afeta? “Eu arrisco dizer que o que nos diferencia dos outros vem da tradição africana, não da europeia. É uma espécie de ‘sotaque’. Um músico estrangeiro pode aprender tecnicamente toda a estrutura de uma música, mas não executá-la como um brasileiro”, diz Maia.

“A música trabalha diretamente com energia. Talvez sequer nós, músicos, saibamos dar conta do quão sofisticado é o fazer musical. Ninguém faz uma música por nada. Faz-se para que alguém escute, e nesse ato de escutar espera-se que aconteça algo com a outra pessoa”, diz Guilherme Maia. "Dizem que a música é a representação das paixões. Eu diria que é a estimulação das paixões, a capacidade de provocar sentimentos", acrescentou.

Foi uma verdadeira enxurrada de conhecimentos a Conferência Espetáculo ministrada por Guilherme Maia. Os participantes mantiveram-se atentos e interessados ao longo de toda apresentação, e saíram todos satisfeitos com todo conhecimento disseminado, com esperança de que a próxima edição do Interculte seja produtiva tanto quanto foi à edição 2014 ou ainda melhor.

“Entre acordes e estigmas, um olhar antropológico da musicalidade brasileira” foi tema do 9º Interculte, promovido pelo Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) entre os dias 28, 29 e 30 de outubro.  Como em suas edições anteriores, o evento contou com palestras, mesas redondas, oficinas, minicursos e apresentações de trabalhos acadêmicos. O evento é realizado anualmente, e tem como objetivo viabilizar a criação de um espaço de convergência e socialização de questões integradas a múltiplos conhecimentos é um espaço destinado a alunos, docentes e pesquisadores de diferentes instituições e áreas do saber.

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