quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O que o mercado de trabalho espera dos futuros profissionais, além da competência técnica?

Por Hugo Leite

Paulo acorda às 6h30, como já estava programado pelo seu despertador, toma café da manhã, faz o asseio pessoal e vai para o trabalho, certamente, depois de dar um bom dia para seus filhos e esposa.

Chega ao escritório às 8h, pontualmente, e já recolhe a papelada com o chefe do setor. Daí até o final do dia segue à risca o cumprimento do seu exercício de funcionário padrão.

O funcionário padrão desejado pela hierarquia de muitas empresas, a exemplo do personagem fictício Paulo, começa a ficar ultrapassado. Hoje, além do cumprimento técnico de suas atividades é esperado algo a mais do profissional.

Atualmente, no mundo globalizado em que vivemos, as pessoas tendem a ter mais contato com as outras, e conseqüentemente acabam se tornando mais eficazes nas relações interpessoais, qualidade de extrema relevância no universo profissional.

Como explica a professora de Psicologia Organizacional da FTC, Norma Fontes, os atributos pessoais são complementos indispensáveis às habilidades do profissional moderno.

“Função alguma dispensa o domínio de habilidades de relacionamento, disponibilidade para trabalhar em equipe ou cooperar para o alcance de resultados, além da ética e do bom senso nos processos decisórios,” diz a docente.

A professora Norma enfatiza ainda mais a importância de possuir tais requisitos no mercado de trabalho.

“Desenvolver tais habilidades torna-se imperativo, ao tempo que amplia as possibilidades de colocação no mercado de trabalho, e consequentemente, o desenvolvimento e permanência no mesmo,” conclui.

Aluna da Pós-Graduação de Obstetrícia da FTC, Tatiana Assis, percebe as novas exigências do mercado profissional no seu ambiente de trabalho.

“Trabalho na área de educação e sinto que há uma cobrança por parte da chefia para que se construa um bom relacionamento interpessoal; saiba lidar com os conflitos; e que tenha espírito de liderança,” explica.

Tatiana diz que compensa a carência do investimento em habilidades pessoais com um comportamento autodidata.


“Eu tenho lido diversos livros e materiais sobre temas relacionados às competências pessoais, justamente o que não pude aprender na vida acadêmica,” revela a estudante.

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