terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Amores vêm e vão nas redes sociais (SUELI SILVA)

Quem nunca ficou desconfiado ou teve uma discussão por causa de algo que viu e não gostou no Facebook ou Twitter do namorado ou namorada, que atire a primeira pedra. Pois é, se à primeira vista redes sociais e namoro parecem ser uma boa combinação, quando o relacionamento fica sério e é assumido publicamente, estas redes sociais  podem se tornar inimigos invariáveis. O acesso às informações sobre o parceiro disponíveis nas redes sociais pode estimular o ciúme ou o excesso de vigilância, o que, indiscutivelmente, não é bom para nenhum namoro.

Hoje em dia, as pessoas estão cada vez mais próximas através de aparelhos como os Smartphone.Tecnologias como essa são responsáveis por unir e até construir relações duradouras, mas também podem romper laços.
Atualmente, o namoro vai além das suas funções tradicionais, o “bom dia“ precisa ser dado não só pessoalmente, mas também nas redes sociais, o monitoramento agressivo de onde seu parceiro está, com quem está, o que ele curte ou comenta nos perfis alheios, quem é a mulher inconveniente que vive interagindo com todos os posts dele. Toda esta participação, unindo velocidade de transmissão, memória e integração pode desgatar a relação entre os namorados e a rede social.

Sobre isso, a atendente de telemarketing Érica Mercês acredita que os relacionamentos precisam evoluir bastante. “Eu não acho que seja uma boa opção dse relacionar com outras pessoas, prefiro a vida real , pois a única vantagem das redes sociais é que na maioria da vezes, para resolver um problema entre o casal, a coragem de falar tudo que antes deveria ter dito, só consegue expressar nas redes sociais" , disse.
A estudante de psicologia, Ananda Luz, é entusiasta do uso da rede para fins de relacionamento. Foi em uma sala virtual de bate-papo que ela encontrou sua metade. "Meu casamento é feliz e devo tudo à internet", afirma, empolgada.
Já a enfermeira Joseilda Amorim não tem uma história tão agradável para contar. "Monitorei meu ex-marido na rede até me certificar que além de pular a cerca virtual, ele saía off-line com uma periguenet" lembra, ainda ressentida, após terminar um relacionamento de 15 anos em dois cliques.
O casal Mariana e Martin fez um acordo inusitado, mesmo para os padrões fragmentados da pós-modernidade. "A gente se apaixonou virtualmente, mas como eu morava em Juazeiro e ele, na Grécia, tivemos de esperar oito meses para termos nosso primeiro encontro", disse Mariana. "Tempo demais para aguentar, por isso fizemos um acordo de cada um manter seu movimento presencial em cada local de origem, antes de nos conhecermos", completou Martin.
O resultado de tanta compreensão é uma parceria estável, mesmo eventualmente abalada pelo excesso de chavecação virtual. "Prova de amor mesmo é dar a senha do facebook pra gente ver como anda a pegação online, mas ninguém quer liberar", desafia Mariana.
O estudante do Centro Educacional Lua Nova, Vitor Rocha, 9 anos, não tem queixas do excesso de azaração na rede. "Minha mãe contou que começou a namorar com meu pai depois dele elogiar o hífen que tinha no e-mail dela, que era m-r@uol.com.br", disse.





Texto original : Sueli Dos Santos Silva 
Disciplina : Práticas de Reportagem
Professor : Paulo Leandro
Curso : Jornalismo T1
Primeira fase

0 comentários:

Postar um comentário