segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Rock and Roll Hall of Fame: O Hall da Vergonha


Por Davi Chagas de Jesus, 2° Semestre

Hall of fame ou Hall of shame? A brincadeira da mudança de nome de 'fame' (fama) para 'shame' (vergonha) tem tudo a ver com a dificuldade dos roqueiros entenderem como é que pode Madonna e Grandmaster Flash fazerem parte do mesmo time dos Ramones e Hendrix.

Afinal, é fama ou vergonha? Pra quem ainda não sabe, Rock and Roll Hall of Fame foi fundado para reconhecer os maiores roqueiros da história. Só que não! Os curtidores de Alice Cooper e Ozzy Osbourne estão estranhando como é que pode misturar gestos tão diferentes comer morcego no palco e músicas dançantes sem aquela tonalidade agressiva da guitarra...




Apesar da proposta inicial de homenagear artista do rock, o museu parece não se comprometer com a proposta e muitos artistas fora do gênero, foram empossados, como a Madonna (2008), o conjunto de hip-hop Grandmaster Flash & The Furious Five (2007) e Isaac Hayes (2002). Enquanto isso há bandas proeminentes do rock, que continuam de fora. O que dá a entender, uma grande injustiça pela entidade, sendo que há 600 experts em rock para ajudar na indicação dos artistas para o empossamento. Eddie Trunk, apresentador do programa  norte-americano, That Metal Show, do canal fechado VH1, é conhecido no país por declarar que o Hall of Fame é na verdade, o Hall of Shame (em tradução livre, Salão da Vergonha). A opinião dele sobre o assunto é basicamente a do público norte-americano, bandas proeminentes são ignoradas. Apesar dele afirmar não ter nenhum problema com a Madonna e o Public Enemy na entidade, ele considera “estranho” o fato de bandas excluídas da entidade. Já Greg Harris acredita que nem todas as bandas tiverem um impacto ou influência, apesar de terem vendidos bastantes discos, e isso é importante.
Apesar do Kiss e o Rush aparecer na lista, o Rush foi empossado em 18 de Abril de 2013 e o Kiss, no dia 10 de Abril de 2014.

As controvérsias do Rock and Roll Hall of Fame, são nada mais e nada menos, questão de conveniências, pelo simples fato de não ser mais pela obra do conjunto e sim pelo que eles venderam e chamam de referências. Acredita-se que muitos artistas que entraram recentemente no museu, entraram sob pressões do público e Eddie Trunk tem se tornado o porta-voz desse assunto, pois o público é grato a ele, pelos artistas que apareceram em seu programa e posteriormente foram empossados pela entidade. Infelizmente, para o público brasileiro, o Hall of Fame não foi feito para nos agradar e sim o público norte-americano, o que é contraditório, pelo simples fato de ter artistas ingleses empossados pela entidade e também, o público mundial, pode colaborar com votos para o empossamento do artista/banda. Conclui-se que o Hall da Fama, na verdade é o Hall da Vergonha, onde só bandas elitizadas tem vez. 
Um grupinho de pirralhos que decide quem entra no "clubinho" ou não.

0 comentários:

Postar um comentário