Como
já dito diversas vezes, 2014 é o ano da Copa. Quão irônico e sarcástico seria a
estreia de um filme de crítica ao atual cenário brasileiro às vésperas da Copa
do Mundo?
Com direção de Vitor Brandt e distribuição da FOX Filmes, dia 17 de abril chegou aos cinemas o filme Copa de Elite, que conta a história do policial Jorge Capitão (Marcos Vera) um competente capitão do BOP e até então, ídolo brasileiro. Porém, depois de salvar um craque argentino de um sequestro, se torna inimigo do povo de seu país. O capitão é expulso da corporação e para evitar um atentado contra o papa, precisa reaprender a trabalhar em equipe.
A comédia tem em seu elenco também, Julia Rabello, que faz papel de Bia Alpinistinha, uma empresária de sex shop, Bento Ribeiro que incorpora um médium, e mais, o comediante Rafinha Bastos, a atriz Thammy Miranda e a cantora Anitta, entre outros artistas da geração atual.
O longa metragem se inspira em diversos filmes brasileiros para montar sua história, esses filmes são: Bruna Surfistinha, De Pernas Pro Ar, Minha Mãe é Uma Peça, Se Eu Fosse Você, Chico Xavier e o tão bem conceituado, Tropa de Elite. A junção das histórias desses filmes, com uma adaptação no roteiro, resultou o filme Copa de Elite que, em forma de comédia, exibe a realidade do país, sejam elas boas ou ruins o que, claramente é uma crítica a atual condição brasileira.
Em entrevista com a cineasta Ceci Alves, ela ressaltou: “Eu acho que é muito mais uma campanha de oportunidade. Em primeiro lugar, a questão das comédias da Globo Filmes serem bem aceitas, comédias ligeiras e sem grandes elaborações e em segundo lugar, para discutir o tema Copa no âmbito cinematográfico brasileiro. "
Os produtores dos filmes afirmaram que, todas as paródias feitas foram previamente autorizadas pelos filmes originais para que não houvesse problema posteriormente. Mesmo estando acostumado a fazer piadas sem autorização no canal Porta dos Fundos no youtube, Marcos Vera, protagonista do filme, garantiu que não tem problemas em trabalhar com paródias autorizadas.
"Creio que poderia ter sido discutido de uma outra
forma. Pelo meu ver, o filme não tem um grande debruçamento crítico, foi feito
mais para divertir e entreter.” Concluiu Ceci.
Em entrevista ao site G1, alguns atores e o cineasta Vitor Brandt que dirigiu seu primeiro longa, falaram sobre o filme. O diretor explicou que, a paródia não “pega tão pesado” em suas piadas para que algumas pessoas não se sintam ofendidas.
“A
comédia está aí para brincar, ironizar e tocar um pouco na ferida. Esse é um
dos objetivos do humor”, concluiu Marcos Vera.
“Acho
que filmes como esses são importantes para os brasileiros enxergarem qual a
situação em que o país se encontra”, disse a estudante de pedagogia Carine
Rodrigues que assistiu ao filme. A universitária ainda completa, “gostei muito
do trabalho e creio que além de apenas divertir o público, o intuito dos
realizadores do filme, foi de crítica social, o que considero importante, e
quando feito com humor, acho sensacional”.
0 comentários:
Postar um comentário