Brasil: Os dois lados da segurança na Copa do Mundo

Por: Wynne Carvalho - T2

País do verde-amarelo, do futebol, das praias e da mistura! Esse é o Brasil que será sede da Copa do Mundo em 2014. Todavia, existe um aspecto ainda não computado: SEGURANÇA! Seja pública ou privada, o momento do Brasil hoje é de tensão. Greve de policiais militares, paralisações de professores, morte de crianças, ocupação de morros, tráficos, roubos, mas o foco da mídia continua ‘’na bola’’.

Recentemente, o jornalista dinamarquês Mikkel Keldorf Jensen gerou polêmica, ao anunciar que desistiria de cobrir a Copa do Mundo no Brasil em sua página no Facebook com um post intitulado ‘’A Copa – uma grande ilusão preparada para os gringos’’. A publicação foi feita após decepcionar-se com o que acontecia em Fortaleza. A realidade de uma das cidades-sede no mundial no Brasil chocou o gringo ao descobrir que todas as reformas e mudanças executadas na cidade eram para impressionar pessoas como ele e a imprensa internacional.

Presidente da CBF, José Maria Marin, participou do seminário sobre segurança pública em Porto Alegre: Foto: Eduardo Seidl/Palácio Piratini – Governo do Estado do RS

Por outro lado, devido às ameaças de manifestações que podem ocorrer no período da Copa, e para a segurança dos que aqui estarão, segundo o UOL Notícias, o governo brasileiro investiu em 180 mil agentes de segurança, entre eles integrantes da Polícia Federal, Militar e Civil, que contarão ainda com um lançador de mísseis. Trata-se de um recorde para uma Copa do Mundo, superando a África do Sul 2010, ainda de acordo com o UOL.

Pensando nisso, a engenheira Iasminy Santana afirma que a segurança no Brasil só acontece quando o governo acha oportuno. ‘’Defendem o exterior ao invés do interior. Isso vai acontecer no período da Copa, mas e depois? As coisas voltarão a ser como são! Pais de família vão continuar desprotegidos! A gente já conhece o ‘’’jeitinho brasileiro’’ de resolver as situações’’, disse.

A dona de casa Tereza da Cruz diz ser a favor de tanta segurança por não podermos ‘’fazer feio’’ diante dos holofotes que estarão voltados para o Brasil. ‘’Acho que é importante ter tanta polícia na rua quando a Copa estiver acontecendo, mas tem que ter policia também nos outros dias, a gente não pode viver como medo como tá agora.’’ , afirmou.

Diante disso, Julio Roberto, estudante de Mecânica que estava presente nas manifestações de Julho do ano passado diz que o país não esta pronto para sediar o evento. ''O Brasil está investindo muito em todos os tipos de segurança para manter o conforto dos estrangeiros e passar uma boa impressão de que no país está tudo tranquilo, sendo que no momento a realidade aqui é completamente diferente!'' .

Um país que sediará um evento tão grandioso como a Copa do Mundo precisa estar preparado para resolver os problemas sociais, mas também os problemas presentes no dia a dia de sua população que precisa sentir-se segura, seja durante a Copa, ou apenas em uma partida de bairro.