domingo, 27 de abril de 2014

Trabalhador pode se dar bem nos feriados da Copa


Por Laís Carneiro de Oliveira



                                     




No intervalo de 20 dias entre 12 de junho e 2 de julho, o soteropolitano provavelmente só terá que trabalhar em quatro. Isso por causa da combinação entre jogos do Brasil, jogos em Salvador e feriados, que juntos totalizam um possível alívio e provável período de descanso para os trabalhadores. E sem dúvida, o maior e mais expressivo período de folga no mês de junho na capital baiana.

O fato é que no mês junino quase não teremos “dias úteis” em Salvador e o acúmulo incomum de folga no mês do evento, poderá fazer com que os trabalhadores se deem bem, tanto nos feriados nacionais, em dias de jogos do Brasil, como municipais, nas cidades onde cada jogo será realizado ou ponto facultativo. Confira:


Dia 12 de junho, quinta-feira: jogo do Brasil na abertura da Copa. 
Dia 13, sexta-feira: Espanha X Holanda em Salvador. 
Dias 14 e 15, sábado e domingo: fim de semana. 
Dia 16, segunda-feira: Alemanha X Portugal em Salvador. 
Dia 17, terça-feira: Brasil X México.
Dia 19, quinta-feira: feriado de Corpus Christi. 
Dia 20, sexta-feira: França X Suíça em Salvador. 
Dias 21 e 22, sábado e domingo: fim de semana. 
Dia 23, segunda-feira: novamente jogo do Brasil. 
Dia 24, terça-feira: São João. 
Dia 25, quarta-feira: Bósnia X Irã em Salvador. 
Dias 28 e 29, sábado e domingo. 
Dia 1º de julho, terça-feira: oitavas de final em Salvador. 
Dia 2 de julho: feriado da Independência da Bahia. 
*Dia 5 de julho: quartas de final (último jogo em Salvador) será no sábado.



Em meio a essa possibilidade surge uma divergência de opiniões entre a população, sobre o que esses feriados trarão de bom e ruim, tanto para a cidade quanto para a vida pessoal e profissional de cada cidadão e a discussão já causa bastante polêmica entre os soteropolitanos.

“Sou a favor dos feriados, até mesmo porque como brasileira, tenho interesse em assistir aos jogos, e trabalhando estaria incapacitada disto. Mas de qualquer maneira, essas folgas irão atingir a população, pois há determinados estabelecimentos que são necessários estarem abertos, e que teremos que nos adaptar aos horários estabelecidos de funcionamento”, pontuou a professora Márcia Gondin.

“Quando os jogos forem em Salvador é necessário decretar feriado ou ponto facultativo, principalmente por morar próximo ao Estádio e isso provocar na minha chegada ao trabalho. Nos dias dos jogos as empresas poderiam liberar mais cedo, ou disponibilizar televisores aos colaboradores, para tentar evitar mais engarrafamento. Porém, com os feriados a cidade também poderá ficar mais acessível a assaltos e as ruas mais desertas e inseguras”, relatou a publicitária Caren Martins.

O que também preocupa a população é a promessa de greves e paralisações no período do mundial. Assim como o movimento “Não vai ter Copa” – que já acontece em algumas cidades-sedes. O que causa ainda mais revolta, repulsa e desânimo aos brasileiros, até para aqueles mais apaixonados pelo futebol. 

“Se não for trabalhar, pretendo descansar, sair e curtir minha família. Mas depende muito de como esteja a situação da cidade em relação a segurança, já que muitas pessoas se posicionam contra a competição, mediante a movimentos opostos a realização da Copa”, disse a estudante Mirian Gabriela.

O publicitário Bruno Barbosa, informou que a princípio era a favor da Copa, levando em conta que seria deixado um legado ao povo brasileiro. Depois percebeu que nenhum legado será deixado, além da reforma da Arena Fonte Nova.

“É um absurdo tanto feriado junto, porque só a Fifa vai ganhar dinheiro com a  Copa e ainda vão atrapalhar a economia da cidade inteira, mexer com a nossa rotina de trabalho”, finalizou Bruno.


Posição apoiada pelo estudante João Gondin: “Sou contra aos feriados municipais/nacionais e pontos facultativos decretados para Copa do Mundo, porque as pessoas precisam trabalhar, se não o Brasil não vai pra frente. Afinal o "país do futebol" já possui um déficit muito grande nas áreas de educação, saúde e segurança. Que poderia ter sido melhorado ou equilibrado com todo o dinheiro investido para  a Copa. O futebol precisa parar de ser uma forte influência no cotidiano do brasileiro".

Fotos: Divulgação

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