COMPARTILHE SAÚDE: DELÍCIAS DO SEXO NA WEB

Você já experimentou o sexo na web? 

Eis aí um tema muito procurado na internet, e cada vez mais curtido e compartilhado devido ao avanço das ferramentas de transmissão de dados em som e imagem, tanto faz, desde que sejam situações bem divertidas e apimentadas.

Com a tecnologia é possível realizar uma comunicação à longa distância, em tempo real, rompendo o medo que percorria nos anos 50, de expor abertamente sobre devidos assuntos, como sexo, por exemplo. .

Atualmente diversos conteúdos deste tema encontram-se espalhados por toda web. Nos últimos 10 anos, após dispositivo webcam ganhar imagens coloridas e ser conectada a internet, por navegações como MSN, SKYPE, YAHOO MESSENGER, o que ganhou foco principal foi o sexo na web. Haviam salas de bate papo instaladas por diversos sites, onde os usuários trocavam emails e se encaminhavam para uma das redes que tivesse acesso a webcam. 

“A internet reflete o mundo presencial, daí a procura por sites de relacionamento, além de programas e aplicativos que possam, por meio da imaginação, levar as pessoas ao delírio, com as fantasias sexuais mais incríveis”, ressalta a analista de sistemas, Amanda Aguiar.

Amanda diz não curtir tanta imaginação assim, mas não vê nada demais em quem procura ampliar os meios de obter felicidade, ao enturmar-se com a galerinha sexy do mundo virtual."Quanto mais opções de ser feliz, melhor”, resume.

A estudante de psicologia A.P., que pediu para ser identificada apenas pelas iniciais, já foi mais entusiasmada. “Começa como brincadeira, a pessoa divulga o contato nos chats, e pronto, torna-se algo diário”, disse, admitindo que ficou muuuuuito habituada aos contatos. Segundo a estudante, os homens queriam mulheres sem nenhum tipo de restrição ou de vergonha. “Eles topavam tudo e eu também”. Foi um tempo de intensa movimentação virtual para a futura psicóloga: “Já aconteceu de eu não dar conta da quantidade de pedidos, rs rs...".

Alguns quesitos são listados como indispensáveis para praticar o sexo virtual. É preciso ter confiança na pessoa que estará no outro lado da tela, esquecer a timidez, saber se virar nos 30, para então começar a brincadeira. Porém é preciso ter em mente que é muito fácil mentir na web, e encontrar usuários que não falam a verdade sobre quem são e o que fazem.  

O guia turístico Ednaldo (nome fictício), começou a conhecer pessoas para sexo na web há 10 anos e não parou mais. “É mais seguro, não pega doença de verdade, talvez alguma patologia mental, acho que talvez não, com certeza, kkkkkkkkk...”, brincou o profissional. 

Ednaldo usa contas falsas no MSN e Skype. Ele visita salas de bate-papo para fisgar suas presas. Diz nunca ter enganado suas parceiras, que segundo ele, costumam apreciar seu talento diante da webcam. “Tenho relações estáveis, mas só conheço por apelido”, afirma.

Com o passar dos anos, surgiram site específicos que promoviam encontros sexuais. Encontros esses que são estimulados visualmente e sonoramente. Portanto o prazer fica mais por conta própria, digo, por masturbação.    

“Acho que você acaba se acostumando, se formos pensar, o sexo virtual é uma forma mais incrementada de se tocar, porém não faz ninguém satisfeito 100%. Eu gostava, me satisfazia na época, depois percebi que precisava de mais que isso.” Afirma A.P. 

Esse tipo de relação ainda causa duvida para quem quer experimentar, por não garantir se a pratica é segura ou não.

 “As coisas mudaram, fazia isso à cerca de 5 anos atrás, era algo habitual, conheci pessoas legais através disso, que não conhecem minha identidade real, pois sempre fiz fakes, acho que era muito nova para esse tipo de exposição" afirma A.P, apontando que a internet sempre foi uma das maiores vilãs. "Hoje, eu não deixaria um computador no quarto de meu filho adolescente, isso deixa ele à mercê de muitas coisas. Nunca aconteceu nada de ruim comigo, porém, acho legal os pais se policiarem no sentido de deixar os filhos terem total acesso à tudo na internet.” Reconhece o risco que correu durante os anos de experiência. 

Paloma Andrade Peixoto, 3º semestre.
Paulo Leandro, professor de praticas de reportagem.