sábado, 15 de março de 2014

Refúgio encantado: Cachoeira de São Felix

     

Antes conhecida por Boa Terra, Salvador vem conseguindo a proeza de expulsar seus próprios moradores. Mobilidade difícil, praias sem estrutura de apoio, raras opções de lazer, são várias as possibilidades para compreender o fenômeno.
Melhor para cidades do Recôncavo, como a heroica Cachoeira que, no Carnaval, acolheu generosamente grupos de soteropolitanos fugidos do 'adeus à carne', como a festa de Momo era conhecida, nas suas origens medievais.

                                             

    Tem opções para todos os bolsos. A mais famosa é a Pousada do Convento, que integra o conjunto arquitetônico barroco, fica bem pertinho de igrejas, casarões imponentes e um sobrado histórico para os brasileiros conquistarem sua independência: foi sede da câmara onde se decidiu considerar D. Pedro I defensor perpétuo do Brasil, em 25 de junho de 1823.

Para curtir à noite, o Bar do Reggae oferece a trilha musical do gênero nascido na Jamaica com o grupo The Wailers. A decoração nas cores verde, amarela e vermelha deixa o clima mais regueiro. O ritmo suave da música parece acompanhar o lento bailado do Rio Paraguaçu, que passa bem em frente ao bar.

                                
Parte interna Bar do reggae

 “Gostei de conhecer Cachoeira no feriado do Carnaval. À primeira vista me remeteu as raízes históricas da Bahia, o que me encantou. Comprei uma rede de balanço e artigos de artesanato para levar um pouco da cidade para minha casa”, relatou o estudante de arquivologia, Hugo Moreira.

Durante o dia, a galeria de arte “O Pouso da Palavra” para os interessados em comunicação e arte, é um agradável ambiente para se tomar um café ou uma cerveja. Nela estão exibidas mostras de trabalho do poeta Damário Dacruz e conta com o acervo de livros disponíveis ao público. A casa, em relação a sua estrutura, merece destaque, não por sua aparência, simplesmente, mas por sua história, que representa o sonho de Damário concretizado. O sobrado construído no século XVIII estava caindo aos pedaços e sua reconstituição foi financiada sem colaboração do gorverno, pela repercussão do poema “Todo Risco”, que gerou lucro suficiente para tal.
A aluna de Jornalismo Amanda Nolasco  ficou impressionada com os resquícios da escravidão presentes na cidade, “Percebi bastante a presença de terreiros e achei a cidade bem rústica. Conheci a galeria Pouso da Palavra e museus. Confesso que me impactei ao passar por onde os escravos passavam. A cidade é muito forte, são perceptíveis traços da escravidão. É muito forte mesmo" ,reforça.   


 




Contato para hospedagem em Cachoeira-Ba:






Por: Íris Leandro


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