Topógrafo: esse cara
sou eu!
João Batista
Uma pergunta que não
quer calar, passa na cabeça das pessoas que circulam pelas avenidas de Salvador,
como a Luís Eduardo e a Paralela. Quem são e o que fazem aqueles caras de roupa
laranja e chapéu arredondado, que trabalham devagarzinho e não largam pornada
seus equipamentos parecendo uma televisãozinha de bolso ou um binóculo?
Seriam cinegrafistas
de algum país distante? Ou mesmo visitantes de outra galáxia tentando se
disfarçar com alguma dificuldade? Não, nada disso. A resposta exata é... agrimensores,
mais conhecidos como topógrafos.
Esses profissionais
têm a função de fazer medições e demarcações de terrenos para obras de
engenharia. Sua presença mais constante se deve ao aquecimento do mercado,
devido à realização da Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil, com sinal
super-verde para as construtoras, independentemente do estrago irreversível que
provocam à natureza já detonada da cidade.
Na Paralela, os
engenheiros (sim, são engenheiros!) agrimensores fazem medições, colocam
estacas, elaboram traçados técnicos, plantas, esboços, relatórios, além de
realizar cálculos topográficos e desenhos.
Já de pé às 5 horas
da manhã, Antônio levanta esperto, toma seu café preto e parte em direção ao
ponto de ônibus com destino à obra do metrô localizada na Avenida
Paralela. Pontual como todo bom trabalhador deve ser. Antônio faz questão de
chegar sempre às 7 horas da manhã, e trabalha oito horas por dia, em média, mas
dependendo do ritmo da obra, chega a 10 horas ou mais. "
Às vezes ainda levo trabalho pra casa".
Com um trabalho que
considera “tranquilo, mas variado”, Antônio diz que não existe um dia igual ao
outro. “Num dia faço um levantamento, no outro fico no
escritório calculando e desenhando”.
Por ser um trabalho
corrido e sempre se encontrar abaixado e andando de um local para outro, o
profissional chega a afirmar que às vezes fica "morto”, mas se sente privilegiado por estar ajudando a
tirar mais uma obra do papel.
BOM MOMENTO
O salário de um
topógrafo gira em torno de 2 mil a 3 mil reais. A profissão envolve riscos,
pois o trabalho nas ruas é feito com equipamentos caros, tornando-se presa
fácil para assaltos. Se o profissional faz um levantamento em uma rodovia
movimentada como a Paralela, corre o risco de ser atropelado.
“Quando o
trabalho é numa obra como a Fonte Nova, como ocorreu recentemente no processo
de transformação do estádio para o formato arena, o risco também é grande, pois
se fizermos um levantamento sobre um buraco que está sendo cortado, pode haver
a qualquer hora um desmoronamento”, afirmou Antônio Fontes.
Para quem
estar à procura de um curso que Le renderá bons frutos no futuro, topografia é a aposta certa, já que segundo
uma pesquisa da associação dos engenheiros agrimensores da Bahia (ASEBA), a
ampliação da Agrimensura
na indústria cresce junto ao desenvolvimento do setor.
Atualmente,
12,3 mil engenheiros agrimensores estão cadastrados no Sistema CONFEA/CREA, número
considerado baixo pelo órgão, já que o país possui cerca de 8,5 milhões de Km²
em área.
O Senai uma das mais conhecidas instituições
soteropolitanas, apresenta esse curso em três campi espalhados pela capital baiana;
Avenida Orlando Gomes em Piatã (71) 3462-9500, Dendezeiros no Bonfim (71) 3310-9900 e
Orlando Gomes, agora em patamares (71)
3503-7400.Você também pode obter mais informações
através do site: www.fieb.org.br/senai.
Em alguns casos, os cursos são
gratuitos.
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