O Supremo
Tribunal Federal (STF) absolveu oito condenados no processo do mensalão pelo
crime de formação de quadrilha. Por seis votos a cinco, o tribunal derrubou as
punições impostas e entendeu que houve apenas coautoria dos condenados para
cometer os crimes.
Os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski,
Cármen Lúcia, Rosa Weber e Teori Zavascki votaram pela derrubada das
condenações. O relator dos recursos, Luiz Fux e os ministros Gilmar Mendes,
Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e o presidente da Corte, Joaquim Barbosa,
defenderam a manutenção da condenação.
Para a maioria dos ministros, ficou entendido que não houve formação de
uma quadrilha. Para o ministro Teori Zavascki, Dirceu e o grupo não agiram de
forma "livre e consciente" para cometer crimes. "O ponto central
da minha divergência é conceitual. Não basta que mais de três pessoas pratiquem
delitos. É necessário mais. É necessário que se faça para a específica prática
de crimes. A lei exige que a fé societatis (da sociedade) seja afetada pela
intenção específica de cometer crimes", afirmou a ministra Rosa Weber.
Um dos votos mais contundentes era o do ministro Gilmar Mendes. O mesmo, afirmou que o Supremo e as instituições públicas fortaleceram-se após o julgamento do caso realizado dois anos atrás. "O Brasil saiu forte desse julgamento porque o projeto era reduzir esta Suprema Corte a uma Corte bolivariana", disse. Ele classificou como reducionista a argumentação da maioria segundo a qual o crime de formação de quadrilha só ocorre nos casos de crimes violentos.
Beneficiados
Com a decisão, ficam absolvidos do crime de formação de quadrilha - que aumentaria a pena dos já condenados de participação no mensalão -, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o ex-presidente do PT, José Genoino, o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, e os ex-diretores do Banco Rural, José Roberto Salgado e Kátia Rabello, além dos publicitários Marcos Valério, Cristiano de Mello Paz e Ramon Hollerbach, sócios nas empresas SMP&B e DNA.
José Dirceu e Delúbio Soares são os dois
principais beneficiados pela absolvição pelo crime de formação de quadrilha.
Livram-se de cumprir pena em regime inicialmente fechado e ganham o direito ao
regime semiaberto, no qual podem trabalhar fora do presídio se forem
autorizados pela Justiça. (Delúbio já está trabalhando como assessor da Central
Única dos Trabalhadores, em Brasília, e Dirceu aguarda decisão para atuar como
organizador da biblioteca de um escritório de advocacia).Um dos votos mais contundentes era o do ministro Gilmar Mendes. O mesmo, afirmou que o Supremo e as instituições públicas fortaleceram-se após o julgamento do caso realizado dois anos atrás. "O Brasil saiu forte desse julgamento porque o projeto era reduzir esta Suprema Corte a uma Corte bolivariana", disse. Ele classificou como reducionista a argumentação da maioria segundo a qual o crime de formação de quadrilha só ocorre nos casos de crimes violentos.
Beneficiados
Com a decisão, ficam absolvidos do crime de formação de quadrilha - que aumentaria a pena dos já condenados de participação no mensalão -, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o ex-presidente do PT, José Genoino, o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, e os ex-diretores do Banco Rural, José Roberto Salgado e Kátia Rabello, além dos publicitários Marcos Valério, Cristiano de Mello Paz e Ramon Hollerbach, sócios nas empresas SMP&B e DNA.
Opinião dos brasileiros
A política nunca foi tão acompanhada por tantos brasileiros nos últimos anos, até o julgamento do mensalão. Qualquer pessoa do país, que tinha acesso a um meio de comunicação, sabia o que andava acontecendo no plenário, quem era José Dirceu ou Joaquim Barbosa e a imensa maioria ficou insatisfeita sobre os ministros acusados ficarem absolvidos do crime de formação de quadrilha.
Pedi que dessem sua opinião através de uma postagem sobre o assunto no meu próprio blog pessoal, enquanto escrevia este texto. Em vinte e um minutos recebi trinta e oito comentários sobre o assunto. Isso mostra que o país não está mais cego e inerte ao que acontece em Brasília. Será que vão lembrar de tudo isso no momento de votar?
"Tenho nojo desse STF. Não tem qualquer justiça, tem só política e no pior que isto possa significar. Nojo deste Brasil" - José Filho (São Paulo).
"Infelizmente estamos pagando a conta, inclusive os super-salários dessa turma do STF pra fazerem de conta que estão fazendo justiça e também nos fazendo otários." - Rui Vicentino (São Paulo)
"VERGONHOSO, se todos sabiam o que estava acontecendo , se todos interagiam entre si para fazer as falcatruas, então é uma quadrilha mesmo, ou cada um roubou individualmente, a revelia dos outros. ? Repetindo, VERGONHA , a corrupção já chegou ao supremo." - Ricardo Fonseca (Goiânia)
Por Carolina Ferreira - Jornalismo (Turma1.1)
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