terça-feira, 25 de março de 2014

Ah! Que calor... QUE CALOR!











           Ah! Que calor... QUE CALOR!


É muito bom; calor, céu azul, água do mar quentinha. Isso é tudo que esperamos de um belo verão, mas quando entra mês, sai mês e essa cena se repete, o paraíso se transforma em inferno.
Esse evento climático saiu da normalidade e atingiu um patamar de anomalia.
Em dezembro/13, uma grande massa de ar quente e seco veio do mar, entrou pelo continente e estacionou sobre grande área do território brasileiro. Esse sistema de alta pressão forma uma espécie de parede atmosférica muito forte e bloqueia as frentes frias, que se formam e vêm do Pacífico, mas param quando chega ao paredão.
Quanto mais tempo dura o fenômeno, pior fica. “Não tem chuva, não tem precipitação, o solo vai ficando cada vez mais seco, a energia do sol vai aquecendo mais o solo e a atmosfera. À medida que os dias se passam e a umidade vai ficando mais baixa, a temperatura máxima também vai sendo mais elevada”, explica Marcelo Seluchi, Meteorologista.
As noites não refrescam, e cada dia amanhece mais quente. Por isso tantas cidades brasileiras tiveram temperatura recorde nos últimos meses.
Nosso modelo urbano, com muito concreto e pouco verde, não ajuda em nada. “Se formam ilhas de calor, que são exatamente ambientes onde se tem materiais que absorvem cada vez mais calor, e com isso, aumenta a sensação desconfortável”, diz Suzana Kahn, Professora de Mudanças Climáticas da UFRJ.
A Temperatura da água do mar também sofreu mudanças. Está acima do esperado em uma grande parte do Atlântico Sul. A água quente ajuda a aumentar o calor em terra, é um círculo que se auto-alimenta. Ela fortalece o sistema de alta pressão, que por sua vez aquece mais a água.
O Mecânico de Aeronaves aposentado Samuel Macedo afirma que enquanto as pessoas não tomarem consciência de que precisamos preservar a natureza, plantar árvores, manter mares e rios limpos, etc; o problema do calor só vai aumentar e vamos chegar num patamar que ficará impossível suportar.
"Sofro muito com este calor absurdo, estou na fase da menopausa, o que agrava ainda mais a sensação desconfortável de quentura, muitas vezes até passo mal por conta da alta temperatura, estou quase derretendo" diz a Dona de Casa Eliene Auristela.
O Piloto de Avião Emerson Macedo diz que em Salvador onde morava,  ainda dá pra suportar a onda de calor, por ser uma região praiana e possuir um clima tropical úmido. Em Guarulhos – São Paulo, onde mora atualmente, é quase impossível respirar pois a onda de calor se mistura com a grave poluição e torna-se algo extremamente sufocante.

MÁRCIA MACEDO DOS SANTOS
fonte: G1.globo.com/fantástico/noticia/2014

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