segunda-feira, 10 de março de 2014

Mudança No Cenário Musical Continua (Sempre)

Por Genaldo da S. Filho

É mais do que conhecido a constante mudança no cenário musical, seja o mesmo brasileiro ou estrangeiro. Letras e técnicas vocais estão sendo substituídas por batidas eletrônicas, e modismo de ritmos. Melodias repetitivas que chegam a serem enjoativas para alguns ouvintes, a pergunta é qual o verdadeiro motivo? 


Os grandes nomes tem ficado cada vez mais no esquecimento, ou no coração dos admiradores enquanto algumas músicas dominam as paradas de rádio, ficando em número um e repetindo-se em todos os lugares, dessa forma contagiando a multidão e levando-se ao questionamento “o que aconteceu com a ideologia dos nossos jovens? Perdemos nossos ideais?”


  
Quando perguntada sobre sua visão da música, a empresaria Suzana C. Amaral, de 42 anos, reponde-nos “O que encontramos hoje é um grande momento de incertezas pela qualidade de musica atual e muito pior pela qualidade futura, já que não destaca-se nenhum artista da nova geração que retrate a boa musica, a boa melodia de outrora”

A insatisfação não vem somente dos amantes da música, assim como de pessoas do próprio meio artístico, como o renomado cantor Elton John, “Qualquer um pode gravar um disco na sala de casa ou no quarto, e pode ser uma gravação muito boa, mas eles não possuem a habilidade de subir no palco e se apresentar ao vivo”, diz o artista em entrevista para o jornal Sunday Times. O excesso de edição e o uso abusivo do playback (dublagem da própria voz) não seria um problema internacional, assim como afeta o nosso cenário. Programas de edição como “Autotune e Melodyne”, entre outros, podem melhorar o suposto desempenho vocal dos cantores, deixando aquela dúvida sobre a real qualidade do que se está ouvindo.

“A falta de letra e emoções é perceptível e ultimamente qualquer coisa toca nos rádios, além da questão da liberdade de expressão, onde alguns artistas exageram e extrapolam o limite, desse modo deixando a parte da luxuria e ostentação dominar o plano musical e ser o centro das atenções. Mas sempre há novos e bons artistas como Adele nos Reino Unido e Maria Gadu para representar o nosso MPB aqui, há gostos para todos”, diz o estudante de Ciências Aeronáuticas, Diego Furtado de 19 anos quando questionado sobre músicas atuais.


Não importa o ritmo: seja Rock, Pop, R&B, Reggae, Forró, Axé, entre tantas outras subdivisões. Todos estão sendo afetados por uma onda de mudanças que sempre ocorreu. Entretanto mesmo sendo necessária e inevitável é preciso ter-se cuidado para que não haja perda na qualidade das letras e nem o esquecimento das suas raízes e origens. Alguns ritmos contam a história de um povo como o Forró retrata os nordestinos, e o Rock com os ideais libertadores e protestantes.

Também seria hipocrisia da parte de qualquer pessoa dizer que não há música boa nos dias atuais, o cenário está conturbado? Dependendo do contexto, sim, entretanto, repleto de talentos. Todos sabem quando vão à um show que tem dublagem, comprar um álbum que há edição, mas o conceito do “bom e ruim” provém de cada um. Cada artista tem sua dinâmica e está ali mostrando o que podem oferecer, podendo incluir dança, vídeos, atuação, contato para com o público, algo mais pessoal e acústico. Está apto a pessoa decidir o que “é de qualidade” ou não, mas isso vem ao gosto pessoal. E o que é de qualidade para você? Opções não faltam, escolha seu ritmo, afinal música é o som da alma.

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