Por Genaldo da S. Filho
É mais do que conhecido
a constante mudança no cenário musical, seja o mesmo brasileiro ou estrangeiro.
Letras e técnicas vocais estão sendo substituídas por batidas eletrônicas, e
modismo de ritmos. Melodias repetitivas que chegam a serem enjoativas para
alguns ouvintes, a pergunta é qual o verdadeiro motivo?
Os grandes nomes tem
ficado cada vez mais no esquecimento, ou no coração dos admiradores enquanto
algumas músicas dominam as paradas de rádio, ficando em número um e
repetindo-se em todos os lugares, dessa forma contagiando a multidão e
levando-se ao questionamento “o que aconteceu com a ideologia dos nossos jovens?
Perdemos nossos ideais?”
Quando perguntada sobre
sua visão da música, a empresaria Suzana C. Amaral, de 42 anos, reponde-nos “O que encontramos hoje é um grande momento
de incertezas pela qualidade de musica atual e muito pior pela qualidade
futura, já que não destaca-se nenhum artista da nova geração que retrate a boa
musica, a boa melodia de outrora”
A insatisfação não vem
somente dos amantes da música, assim como de pessoas do próprio meio artístico,
como o renomado cantor Elton John, “Qualquer um
pode gravar um disco na sala de casa ou no quarto, e pode ser uma gravação
muito boa, mas eles não possuem a habilidade de subir no palco e se apresentar
ao vivo”, diz o artista em entrevista para o jornal Sunday Times. O excesso de
edição e o uso abusivo do playback (dublagem
da própria voz) não seria um problema internacional, assim como afeta o nosso
cenário. Programas de edição como “Autotune
e Melodyne”, entre outros, podem melhorar o suposto desempenho vocal dos cantores,
deixando aquela dúvida sobre a real qualidade do que se está ouvindo.
“A
falta de letra e emoções é perceptível e ultimamente qualquer coisa toca nos
rádios, além da questão da liberdade de expressão, onde alguns artistas
exageram e extrapolam o limite, desse modo deixando a parte da luxuria e
ostentação dominar o plano musical e ser o centro das atenções. Mas sempre há
novos e bons artistas como Adele nos Reino Unido e Maria Gadu para representar
o nosso MPB aqui, há gostos para todos”, diz o estudante
de Ciências Aeronáuticas, Diego Furtado de 19 anos quando questionado sobre
músicas atuais.
Não
importa o ritmo: seja Rock, Pop, R&B, Reggae, Forró, Axé, entre tantas
outras subdivisões. Todos estão sendo afetados por uma onda de mudanças que
sempre ocorreu. Entretanto mesmo sendo necessária e inevitável é preciso ter-se
cuidado para que não haja perda na qualidade das letras e nem o esquecimento
das suas raízes e origens. Alguns ritmos contam a história de um povo como o Forró
retrata os nordestinos, e o Rock com os ideais libertadores e protestantes.
Também
seria hipocrisia da parte de qualquer pessoa dizer que não há música boa nos
dias atuais, o cenário está conturbado? Dependendo do contexto, sim,
entretanto, repleto de talentos. Todos sabem quando vão à um show que tem
dublagem, comprar um álbum que há edição, mas o conceito do “bom e ruim” provém
de cada um. Cada artista tem sua dinâmica e está ali mostrando o que podem
oferecer, podendo incluir dança, vídeos, atuação, contato para com o público, algo
mais pessoal e acústico. Está apto a pessoa decidir o que “é de qualidade” ou
não, mas isso vem ao gosto pessoal. E o que é de qualidade para você? Opções não
faltam, escolha seu ritmo, afinal música é o som da alma.
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