terça-feira, 11 de março de 2014

Clube Baiano e Gaúcho reeditam final do Brasileiro de 1988

Bahia renasce para voltar a vencer


Tainara Susan Ferreira dos Santos



Um novo Bahia vai renascer para vencer. Esta é a expectativa da comunidade tricolor depois de eleger presidente, lançar campanha para ampliar o número de sócios e moralizar a relação com a imprensa, com a divulgação de gastos indevidos.
Tudo isso em meio à comemoração pelos 25 anos da conquista do bicampeonato brasileiro, em 19 de fevereiro de 1989. O Bahia reuniu seus heróis para receber a visita do Internacional sênior e venceu por 1x0 na Arena Fonte Nova.
O principal organizador do jogo-festa foi José Carlos Conceição dos Anjos, o meia Zé Carlos, artilheiro do time naquela campanha. Se recordar é viver, para os tricolores, curtir outra vez a delícia do título foi como sonhar acordado.



Para Zé Carlos, o momento do Bahia é o melhor desde a conquista do bi. “Quando esta torcida quer, não tem jeito”, disse o ídolo eterno. Para ele, todos os passos recentes são firmes, rumo ao fortalecimento do clube.
Charles apareceu em campo bem diferente daquele jovem recém-saído das categorias de base para ganhar a posição de Renato e levar o Bahia a vitórias seguidas. Careca, o baiano de Itapetinga mantém o jeitão tranquilo de 1989.
O atacante já não tem a mesma mobilidade, claro, mas a identificação com a torcida permanece intacta. “Foi tudo muito bom e jamais vamos esquecer nada do que aconteceu com a gente”, disse, emocionado, como todos naquela noite.
O goleiro Ronaldo Passos, os volantes Gil e Paulo Rodrigues, o ídolo Bobô, quem compareceu pôde sorrir e chorar junto, apesar do público presente não ter sido aquele esperado para quem tanto a comemorar.



INDIGNADA


O estudante Tauan Ferreira, 18 anos, Bahia desde os 5, admirava, encantando, os velhinhos tricolores no gramado da Fonte. “Se a gente encara qualquer baba como final de campeonato, imagina uma reedição da decisão de nosso título de bicampeão!”, curtiu, feliz pela festa.

Nelson José, o pai de Tauan,  não deixou de comparar: “Se o Bahia de hoje fosse igual ao de antigamente nós torcedores seriamos mais felizes, eu não sei o que aconteceu com este clube, aliás com os clubes baianos, que só andam em crise”.
O lamento de Nelson coincide com a queda do desempenho do Bahia nestes 25 anos. Desde a conquista do bi, o Bahia deixou de aparecer entre os 10 melhores clubes do país, no ranking da CBF.
Outra voz indignada é a do jovem Júlio, 24 anos. “Eu sempre ouvi e soube que o Bahia era time que nasceu grande, mas o que eu vi foram rebaixamentos, raros títulos estaduais e uma volta à primeira divisão nada convincente”, bradou.



Reportagem: Tainara Susan Ferreira dos Santos e Paulo Leandro
Edição e texto final: Paulo Leandro
Práticas/ 1a. fase/ auto-pauta/  





Um comentário:

  1. Boa matéria sobre o E.C.BAHIA que mudou muito em sua trajetória. é isso ai! esse "Bahêaaa" tem que ir pra frente!

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